Inaceitável: escola estadual de Urupá já foi invadida e furtada mais de 30 vezes
A escola não possui vigilante e tampouco monitoramento. Os furtos ocorrem com frequência.
Os professores e pais de alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Altamir Billy Soares, localizada no centro da cidade de Urupá, já não sabem o que fazer e nem mesmo a quem recorrer para acabar com a onda de furtos que vem ocorrendo naquela instituição de ensino, onde já foram registrados mais de 30 casos.
Os delitos iniciaram-se quando os vigias daquela escola foram retirados por determinação do Governo do Estado, sem que fosse instalado um sistema de monitoramento. Desde então, os furtos não pararam de acontecer. Os ladrões já subtraíram de tudo, botijas de gás, liquidificador, lavadora de alta pressão, caixa de som, filmadora, câmera fotográfica e até mesmo a merenda escolar.
Recentemente, após uma reunião entre professores e pais de alunos, a diretora teria explicado a gravidade da situação e, logo em seguida, postado em sua página no Facebook o que vem acontecendo na escola que ela dirige. Porém, sem explicar o motivo, a postagem foi retirada da rede social.
Uma das professoras, que optou por não se identificar, relatou que em várias vezes que ocorreram os furtos, os delinquentes também subtraíram a merenda escolar. E o que eles não conseguiram carregar foi destruído, sendo jogado no lixo ou derramado no chão, como o açúcar e o achocolatado.
Nada impede que eles invadam a escola. Nem mesmo grades ou cadeados evitam que os suspeitos levem o que bem entenderem. Nesta última quarta-feira (2), entraram através do exaustor localizado no forro da cozinha e, como das outras dezenas de vezes, furtam toda a merenda. Dessa vez, levaram peixe congelado, que iria ser servido no dia seguinte. Por causa disso, sem ter o que oferecer aos alunos, eles tiveram que ser liberados às 11h.
A ousadia desses marginais é tanta que, além de cometerem tais delitos, eles ainda são capazes de riscar as paredes com palavrões e ameaças, citando o nome de pessoas, inclusive de policiais.
A Polícia
Em contato com um policial civil daquela localidade, ele explicou que em vários casos foram identificados seus autores e recuperados os objetos. No entanto, o agente da lei ressaltou que a polícia vem “enxugando gelo”, uma vez que, segundo ele, os suspeitos são conduzidos à delegacia e, por não se tratar de flagrante, os supostos ladrões são liberados no mesmo dia em cumprimento da lei, gerando a certeza da impunidade, levando-os a cometer novos furtos em seguida. “A culpa não é da polícia. Nós detemos os suspeitos e os enquadramos. Porém, a lei nos obriga a liberá-los para que eles, na maioria das vezes, cometam mais delitos. Infelizmente, estamos enxugando gelo”, desabafou o policial.
CRE / SEDUC
Ao ser contatado, o coordenador José Antônio de Medeiros Neto, responsável pela Coordenadoria Regional de Educação (CRE), informou que a Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (SEDUC) já vinha tentando implantar o sistema de monitoramento na escola Altamir Billy Soares. No entanto, nenhuma empresa havia se interessado pelo contrato, até que recentemente uma firma aceitou a proposta e, de acordo com José, o sistema será instalado provavelmente no prazo de até 30 dias.
Fonte:GazetaCentral
