Agentes penitenciários prometem paralisação na quinta-feira
Cerca de três mil agentes penitenciários e 470 socioeducadores tentam paralisação na próxima quinta-feira (11)
Durante assembleia geral extraordinária realizada no dia 2 deste mês, agentes penitenciários resolveram por unanimidade entrar em greve por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira dia 11. A categoria reivindicam a implantação do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) dos servidores da Secretaria de Justiça (Sejus).
A diretoria do Singeperon juntamente com os três mil agentes penitenciários e 470 socioeducadores, prometem fazer uma paralisação maior que a última greve que foi realizada em 2013, que foi mantida por 60 dias.
O sindicato alega que a categoria teve uma perde salarial de 32%. E que os agentes penitenciários e socioeducadores de Rondônia uns dos piores salários do país. R$ 1.893,00 é o inicial de agente, e o de socioeducador é R$ 1.777,00, enquanto em outros estados a media é de 4 a 5 mil. Em Roraima, por exemplo, passará para R$ 4.421,13 (a partir de julho).
O Estado ajuizou na segunda-feira (08) ação cautelar junto ao Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO), visando o impedimento da greve dos servidores públicos estaduais dos Sistemas Penitenciário e Socioeducativo. Horas depois, o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores (SINGEPERON) já protocolou manifestação preliminar junto ao órgão judiciário.
Representantes do Singeperon, acompanhados dos advogados Johnny Clímaco e Gabriel Tomasete, visitaram nesta terça-feira (09) o desembargador Roosevelt Queiroz Costa, da 2ª Câmara Especial do Tribunal de Justiça, quando forneceram diversos documentos que mostram que os anseios são justos, e falaram da falta de comprometimento do Estado em cumprir as tratativas pactuadas. Afirmaram ainda que o principal pleito é a mediação pelo Judiciário, já que não mais confiam nas promessas do Executivo.
Segundo o presidente do Singeperon, Sidney Andrade, essa postura do Estado caracteriza-se desrespeito e tem gerado um clima de tensão no sistema prisional. “Vários acordos firmados em reuniões não foram honrados pelo Estado”, afirmou o sindicalista.
Fonte:RedeTvRo