Museu de Rondônia com problemas estruturais será reformado, diz Funcer
A Fundação Cultural de Rondônia (Funcer) ganhou um novo presidente nesta semana. Fabiano Barros, de 39 anos, foi nomeado para administrar a fundação que gerencia o Teatro Guaporé e Palácio das Artes, Museu da Memória Rondoniense, Casa de Cultura Ivan Marrocos, Biblioteca Doutor José Pontes Pinto, e o Teatro Municipal de Ariquemes.
Em entrevista, Fabiano afirmou que o Museu da Memória Rondoniense deve ser reformado em breve e que uma licitação para a obra já está aberta. No começo de setembro, o G1 denunciou que o local passava por problemas estruturais.
Com mais de 20 anos de experiência como gestor cultural e realizando diferentes trabalhos voltados à valorização dos artistas locais, Fabiano diz acreditar que esse tenha sido o motivo para a sua nomeação na Funcer.
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Fabiano tomou posse nesta semana em Porto Velho — Foto: Governo de Rondônia/Divulgação
“O convite surgiu pela experiência que eu venho juntando durante esses anos todos dentro das questões da política de cultura, da questão de entendimento de administração dos próprios espaços. Já produzi vários festivais, enfim, na verdade é a minha profissão”, afirma.
Questionado sobre como abordará as problemáticas existentes nos espaços culturais, que já resultaram até mesmo no cancelamento de um musical, Fabiano ressalta que já foram tomadas as providências e tanto a presidência quanto administração da Funcer realizam ações de prevenção, e acompanhamento para zelar pelos espaços, além de garantir a recepção do público e dos artistas.
Museu
Fabiano ressaltou que existe um processo licitatório para reforma do prédio histórico, onde o Museu da Memória Rondoniense funciona atualmente.
Segundo ele, não foi possível encontrar nenhuma construtora adequada para um plano museológico, resultando em uma licitação fracassada. Devido a isso, um novo processo licitatório foi aberto e está tramitando. O objetivo é que, até o final de 2018, uma empresa assuma a licitação para reformar o museu.
“A gente está falando de um museu, não é qualquer prédio. Tem que ter todo um cuidado. No Brasil é complicado contratar uma empresa desse porte e com essa expertise. Aqui em Rondônia não tem nenhuma construtora com especialidade em museu”, explica.
Sobre a gestão que está assumindo, Fabiano reitera a busca da democratização dos espaços, para que sejam usados para cultura e arte, além de priorizar ações para a sociedade absorver esses locais. Ele também quer promover o diálogo e parcerias com outras secretarias, em prol da comunidade e dos artistas.
“Esses locais (teatros, museus) têm que ser mais um dentre desses grupos, porque quanto mais cultura, melhor para a comunidade. Têm pessoas que nunca entraram em um teatro por achar que ali é elitizado. Nós queremos mostrar que esse espaço é da comunidade”, finaliza Fabiano.
Teatro
De acordo com o novo presidente da Funcer, mesmo sendo um local novo, o teatro é um espaço usual, onde acaba tendo uma demanda de manutenção.
Fabiano informou que a administração financeira da Funcer abriu um processo licitatório, sendo que já foi realizada a contratação de uma empresa e um levantamento está sendo feito no local.
“A gente tem que pensar. Não é chegar lá e fazer. Tem todo um processo que a gente tem que acompanhar. O serviço tem que ser entregue 100%, porque estamos falando de coisas públicas” explica ele.
Por G1 RO