Desmatamento avança em Rondônia: Imazon aponta aumento de 450% em março de 2023
Quatro Unidades de Conservação do Estado perderam área equivalente a 370 campos de futebol
Dados do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) revelaram que Rondônia perdeu o equivalente a 2,2 mil hectares de floresta nativa em março de 2023. O número representa um aumento de 450% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, o estado ocupa o segundo lugar no ranking de desmatamento entre os nove estados da Amazônia Legal, ficando atrás apenas do Amazonas, que registrou um aumento de 766% no desmatamento.
Entre as Unidades de Conservação mais afetadas em todo o país, quatro estão localizadas em Rondônia:
A Reserva Extrativista Jaci Paraná teve 200 hectares destruídos;
A Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá perdeu 100 hectares de floresta;
O Parque Estadual de Guajará-Mirim teve uma redução de 40 hectares;
A Reserva Extrativista Angelim perdeu 30 hectares de floresta.
Tanto a Resex Jaci Paraná quanto o Parque Estadual Guajará-Mirim passaram por uma tentativa de redução dos seus territórios.
No total, as Unidades de Conservação do estado perderam uma área correspondente a 370 campos de futebol. Esses números são preocupantes, a Amazônia Legal perdeu 867 km² de mata nativa nos três primeiros meses de 2023, a segunda maior marca de desmatamento da área em 16 anos. Apenas em março de 2023, a destruição foi de 344 km², um aumento de 180% em relação ao mesmo período de 2022. Os estados mais afetados são Amazonas, Pará e Mato Grosso.
Redação – SGC